
Comprei um chapéu negro
para não ter que mudar o meu nome
Agora levo em minha cabeça
um símbolo que me autoriza
a atravessar as paredes invisíveis
do meu inconsciente
Subo por escadas com jiboias brancas
e mergulho no oceano violeta
pleno de janelas abertas
de onde observo terras benditas
feitas de torneiras pingando lagartas
Dou braçadas nesse mar
e sinto que sou invadido
por todos os orifícios do meu corpo
Dentro de mim moram casulos
de onde nascem mariposas